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sábado, 25 de agosto de 2012

Um Dia



Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará negro, os números de sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar.
Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não há alguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar.
Nessa fração de segundos , quando teus pés se perderem do chão, você vai lembra-se da minha ternura e do meu sorriso infantil.
Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você e só terá uma musica repetindo no seu rádio, a nossa.
Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho delicioso de novo.
O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre.
E quando você finalmente discar meu número, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu nem queira mais te atender.
E se você bater na minha porta ela estará trancada e se aberta estiver mostrara uma casa vazia.
Teus olhos te ensinarão o que são lagrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto.
O nome do enjoo que você vai sentir é arrependimento  e a falta de fome que virá chama-se tristeza.
Então quando os dias passarem e eu não te ligar , quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados... Você encontrará a famosa solidão. A partir daí o que acontecera chama-se surpresa e provavelmente o remédio para todas essas sensações acima é o tal do tempo em que você tanto falava.

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